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Qual a melhor forma de estudar? Atualizado no dia

Você sabe estudar? De que forma você estuda? Existem várias técnicas de estudo que são usadas pelos estudantes, algumas funcionam, outras nem tanto. Enembulandos, você sabe qual é a melhor forma de estudar? E aprender, é claro! Fizemos um levantamento das 10 principais técnicas de estudos, explicando o porquê funciona, e o porquê não funciona. Como podem ser usada e como vocês podem se beneficiar com elas. 

Em 2013 a revista Psychological Science in the Public Interest fez um estudo com estas 10 técnicas e chegou no seguinte resultado: Resumir, grifar, utilizar mnemônicos, visualizar imagens para memorização de textos e reler conteúdos foram classificadas como as de efetividade mais baixa. Três técnicas de estudo foram encaradas como de efetividade moderada: interrogação elaborativa, auto-explicação e estudo intercalado. E as duas que obtiveram o mais alto grau de efetividade na aprendizagem foram as técnicas de teste prático e prática distribuída.

O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva da mesma que é tão popular: requer pouco esforço. Aprender não precisa apenas de entendimento mas de associações com o que você já aprendeu, associações do que está aprendendo, opnião crítica, resolução de problemas. Ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Claro que grifar tem a sua utilidade. Pode claro ser usada nos primeiros momentos do seu estudo, no levantamento de informações. Mas se limitar a este processo será a pior coisa que fará pois estará desperdiçando o seu tempo. Sabe quando você ao ler uma matéria, entende tudo, mas na hora dos exercícios não consegue acertar uma. Sim, você não aprendeu.

Reler um conteúdo, em regra, é menos efetivo do que as demais técnicas apresentadas.

O estudo, no entanto, mostrou que determinados tipos de leitura (massive rereading) podem ser melhores do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo período de tempo.

A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.

Mnemônico é uma técnica que serve para desenvolver a memória e facilitar a memorização. O estudo da Psychological Science in the Public Interest mostrou que os mnemônicos só são efetivos quando as palavras-chaves são importantes e quando o material estudado inclui palavras-chaves fáceis de memorizar. Assuntos que não se adaptam bem a geração de palavras-chaves não conseguiram ser bem aprendidos com o uso de mnemônicos. Então, utilize-os em casos específicos e pouco tempo antes de teste. Um bom uso de Mnemônicas é para aprender formulas de física.  Por Você Nunca Rezei Tanto --> P.V = n.R.t. Mas não cai na cilada de decorar todas as fórmulas e não saber aplica-las. 

Os pesquisadores pediram para que os estudantes imaginassem imagens e figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação a memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva. O resultado do estudo é que a visualização não é uma técnica efetiva para provas que exijam conhecimentos inferidos de textos.

Resumir os pontos mais importantes de um texto com as principais ideias sempre foi uma técnica quase intuitiva de aprendizagem. Os professores adoram ficar pedindo resumos pros alunos. Porém, o estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas. Mesmo que o Enem não tenha questões discursivas, usar resumos pode lhe ajudar a desenvolver sua capacidade de síntese que será fundamental para ir bem na redação. 

Embora tenha sido classificado como de efetividade baixa, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos.

A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros. Na técnica, o estudante deve  se concentrar em perguntas do tipo Por quê? em vez de O quê?.

Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.

A auto-explicação mostrou-se ser uma técnica útil para aprendizagem de conteúdos mais abstratos. Na prática, trata-se de ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo. O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo. Já ouviu falar que se aprende ensinando? É o mesmo conceito ao explicar algo, você está testando o que já sabe ao mesmo tempo que seu cérebro busca novas associações para se entenda o que está sendo explicado. 

A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.

Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).

O principal benefício da intercalação, como já havíamos observado, é fazer com que a pessoa consiga manter-se mais tempo estudando.

Realizar testes praticos, como simulados e listas de exercícios sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.

Para ir bem no Enem, a recomendação é fazer toneladas de exercícios de provas anteriores, pegue listas com gabaritos, e faça o máximo de simulados que puderem. 

A prática distribuída consiste em distribuir o estudo ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um bloco só.

Vários pesquisas mostram que o tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de 10% a 20% do período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar algo por cinco anos, você deve espaçar seu aprendizado a cada seis meses.

A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, uma hora de manhã, uma hora à tarde e outra hora à noite. 

Conclusão

É importante ponderar que o ranking reflete os resultados da pesquisa mas cada pessoa tem suas próprias técnicas de estudo. Auto conhecimento sempre será a melhor forma de saber qual a melhor ferramenta poderá usar pra atingir seus objetivos. Aprender é um processo: começa no entendimento e continua até que você se aproprie da informação, e não só pra fazer uma prova, mas aplica-la em todos os setores da vida. Se você ler um texto e não entende-lo, releia, mas se você ainda não entender provavelmente é por que está faltando algo e ficar relendo não resolverá o problema. Por isso a técnica de releitura se aprensenta falha. Você pode reler um conteúdo tantas vezes até saber todo ele de cor. Mas aprender é algo muito mais profundo. 

Na minha experiência, o que tem funcionado sempre foi técnicas hibridas. Pegar o que há de melhor em cada técnica e saber onde usar. Leia a matéria, marque o que é importante e vá logo fazer o máximo de exercícios que puder. Aprendeu? Faça mapas mentais para facilitar nas revisões. Nas revisões, tente usar auto explicação e interrogação elaborativa para saber se você ainda domina o assunto. 

Quais as suas técnicas de estudo? Compartilhe com a gente nos comentários.  Quais dessas técnicas você utiliza? Você concorda com os resultados?

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