Como descrever a criança do início do século XXI?
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Tema da Redação:
“COMO DESCREVER A CRIANÇA DO INÍCIO DO SÉCULO XXI?”
Blogs, celular, agendas lotadas, cabeleireiros, estresse, preocupação com o aquecimento global, apelo pelo consumo e pouquíssimo tempo para brincar. Acredite: estamos falando de crianças. Modernas!
É claro que as crianças de hoje não têm o mesmo comportamento da criançada da época dos nossos pais e de nossos avós. E isto é normal. Na verdade, o que preocupa os especialistas é como as crianças estão, de forma tão precoce, assumindo responsabilidades. Ou seja, criança sendo adulto é preocupação séria em todo o mundo.
A definição de infância tende a estabelecer-se de forma universal e hegemônica, por efeito da produção e disseminação de um discurso científico, de imagens e de políticas públicas e ações da sociedade civil. Assim, o modo como compreendemos a infância hoje nasce junto a um novo conceito de homem, caracterizado como um sujeito autônomo, empreendedor e competitivo.
Ainda hoje, a infância é vista de maneira paradoxal: por um lado, é tratada como símbolo de pureza, livre ainda das implicações trazidas pelo mundo do trabalho; por outro, é associada à idéia de futuro, e passa a ser considerada a partir daquilo que ainda não é, mas que, supostamente, se tornará, se orientada pela lógica do trabalho e da produção.
Vemos então uma educação que começa a apresentar os rituais de iniciação à vida adulta (...). A escola tornou-se, então, o espaço específico de adaptação às regras e aos valores sociais, de transmissão dos saberes necessários para as novas gerações serem inseridas na sociedade, normatizando e homogeneizando os sujeitos.
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